Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco. A doença se divide em quatro fases, de acordo com o seu grau de degeneração e comprometimento das raízes nervosas. Pode ocorrer em todos os discos vertebrais, acometendo mais a região lombar, seguida da região cervical (3:1). Atenta-se ao fato de que ela pode estar ou não associada a outras patologias da coluna. As fases de seu desenvolvimento são:
Disco intacto:

O disco intervertebral tem como função principal a absorção de impacto, bem como permitir movimentos em diferentes eixos de rotação. Ele é formado por um núcleo pulposo (centro gelatinoso) e pelo ânulo fibroso (periferia rígida) que circundam o núcleo. Essas características anatômicas dão ao disco intervertebral a capacidade de absorção de carga e movimentação em diferentes eixos de rotação.
Abaulamento discal:

Etapa inicial da patologia. O disco intervertebral começa a apresentar sintomas de envelhecimento e suas fibras (anel fibroso) apresentam fissuras que levam a uma forma de arco o disco intervertebral. Podemos utilizar uma câmara de pneu velha como exemplo, que perde a capacidade de manter sua forma natural e formam-se bolhas.
Protrusão discal:

Nessa etapa, o abaulamento do disco encontra-se mais proeminente, podendo atingir nervos, medula e saco dural. A doença está em uma fase mais avançada, normalmente acompanhada de inicio de degeneração discal, podendo gerar
dor discogênica.
Hérnia de Disco:

A hérnia de disco consiste em uma extrusão do disco vertebral, normalmente contendo o núcleo pulposo do disco intervertebral envolvido pelo anel fibroso já em estágio avançado de degeneração. As estruturas nervosas estão comprometidas pelo estreitamento dos canais por onde passam os nervos (
estenose), medula ou saco dural (canal medular).
Sequestro ou Fragmento:

Essa é a etapa mais rara da patologia, e consiste na ruptura total da parte herniada do disco intervertebral. O fragmento pode comprometer as estruturas nervosas, dependendo de sua localização.
DIAGNÓSTICO
Para o diagnóstico correto, é necessária uma avaliação clínica e radiológica do paciente, definindo sintomas e patologia. A dor ciática, ou irradiada para os membros, é o principal sintoma clínico, podendo ou não haver
lombalgia (dor nas costas) e
claudicação (dificuldade para caminhar).
Caso apresente algum desses sintomas, procure um especialista.
Referência
1. Salzberg L. The Physiology of Low Back Pain. Prim Care Clin Off Pract. 2012 Sep;39(3):487–98.
2. Bogduk N. Degenerative joint disease of the spine. Radiol Clin North Am. 2012 Jul;50(4):613–28.
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