Pular para o conteúdo principal

Abcesso dentário

Abcesso Periapical Sem Fístula (Agudo)
O abcesso periapical é um processo supurativo agudo ou crónico da região periapical de um dente.
Trata-se de um inchaço, com pus (supurativo), que ocorre junto à raiz de um dente e que normalmente provoca dores. A formação dos abcessos pode ter duas causas principais: as cáries ou a agressão dos tecidos próximos dos dentes.
Numa cárie há uma agressão da parte viva do dente (designada de pulpa), onde também existe uma artéria, uma veia e um nervo. Assim, uma cárie provoca a infecção da pulpa e vai depois levar à formação do abcesso, porque a pulpa tem ligação com o exterior do dente através da tal artéria, veia e nervo.
A segunda causa pode derivar de um tratamento dentário. Quando um doente vai desvitalizar um dente, isto é, retirar a pulpa e todo o tecido vivo do dente, são colocados produtos químicos para fechar esse “buraco”. Esses produtos podem causar uma agressão dos tecidos. De qualquer maneira, as cáries constituem a grande maioria das causas dos abcessos.
A falta de tratamento dos abcessos pode originar complicações mais graves e em, situações raras, também originam manifestações sistémicas, ou seja, manifestações para além da zona, que podem ser do foro cardíaco e chegar até ao ponto de uma septicemia, registando-se uma disseminação daqueles micróbios através dos sistemas linfático e arterial. Estas situações, embora raras, são graves e podem levar à morte do doente.
Actualmente, o tratamento dos abcessos faz-se à base de antibióticos e da drenagem do pus no local. O estado em que se encontra o abcesso é determinante para a escolha do tratamento.
Abcesso agudo vs. abcesso crónico
Existem dois tipos de abcessos dentários: os agudos e os crónicos, sendo que as causas podem ser as mesmas, embora a reacção do organismo e o nível de agressão sejam diferentes.
No abcesso agudo a agressão é mais violenta e as defesas do organismo reagem de uma maneira mais intensa, ao passo que no abcesso crónico a agressão pode ser menos intensa e/ou a reacção do organismo pode ser mais lenta. Em termos de consequências, são ambos iguais.
No entanto, um abcesso crónico pode desenvolver-se durante meses ou até anos e, habitualmente, não dá sintomatologia. Por isso, muitas vezes, é diagnosticado quando se faz uma radiografia por outro motivo qualquer. Aí, é possível verificar a eventual existência de um granuloma, ou até pode já existir um quisto.
Abcesso Alveolar Agudo (AAA)
O abcesso apical agudo (AAA) é um processo inflamatório agudo, caracterizado pela formação de pus, que afecta os tecidos que envolvem a região apical e tem uma evolução rápida e originando dor violenta.
Pode ser causado por agentes físicos, químicos e microbianos, que são responsáveis por alterações inflamatórias irreversíveis do órgão pulpar (região do dente vivo), com posterior infecção. Os microrganismos que causam a infecção pulpar podem passar do interior do canal radicular para o periápice (ponta da raiz do dente) e causar o AAA.
A dor e o mal-estar provocado pelo abcesso apical agudo têm um aumento rápido e progressivo, com características de um processo inflamatório agudo na região do periápice.
Como em todos os abcessos, o tratamento do Abcesso Apical Agudo, consiste numa drenagem oportuna e eliminar a causa. Se o doente apresentar febre ou perturbações tóxicas, devem administrar-se antibióticos apropriados para atingir um nível sanguíneo alto e rápido.
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Blogger não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quais exames são solicitados pela reumatologista?

A Bia tem feito vários exames desde de que deu inicio o acompanhamento com a reumato Além dos exames físicos para complemento é solicitado os exames: Imagens: Ultrassom Tomografia Rx É os de sangue abaixo entre outro : Cardiolipina - Anticorpos IgG  Cardiolipina - Anticorpos IgM Anticoagulante Lúpico Analise de caracteres fis. elementos e se Dosagem de transaminase Glutâmico - Oxal  Dosagem de transaminase Glutâmico - Piru Anca Anticorpos Anti Neutrófilos Vitamina D (25-hidroxi) Dosagem de Cálcio  Fosforo Dosagem  Dosagem de Fosfatase alcalina Dosagem de Acido Úrico Dosagem de Desidrogenase Latica Dosagem de creatinofosfoquinase (cpk) Anticorpos Anti-ssa (RO) Anticorpos Anti-ssb (LA) Dosagem de Hormônio tireoestimulante (TSH) Dosagem de Tiroxina livre (T4 LIVRE) Hemograma Completo Determinação de velocidade de Hemossedimentação  Dosagem de Proteína C reativa Pesquisa de anticorpos Anti Núcleo  Prova do Látex p/ pesquisa do fator reu

Púrpura de Henoch-Schönlein

  Também denominada púrpura anafilactóide , a púrpura de Henoch-Schönlein pode ocorrer em adultos, mas predomina em meninos e é a vasculite mais frequente em crianças e a maioria dos casos ocorre antes dos 7 anos de idade. Muitas vezes é precedida por por quadro infeccioso de vias aéreas superiores ou por uso de medicações e se manifesta clinicamente pelo aparecimento de púrpura palpável que predominam nos locais de maior pressão hidrostática como os membros inferiores e nádegas. As lesões são caracteristicamente de cor vermelha vivo, com ponto central enegrecido e aparecem progressivamente com tendência a coalescer, nos casos mais graves podem ocasionar formação de úlceras cutâneas. Além do quadro cutâneo, podem aparecer dores articulares ou artrites, dor abdominal ou hemorragia digestiva e envolvimento renal com hematúria, síndrome nefrótica ou nefrítica e até insuficiência renal. Seu diagnóstico é estabelecido pela biópsia de pele que deve ser examinado por técnica de imunofluor

Arterite Temporal

Também denominada arterite de Células Gigantes acomete predominantemente indivíduos idosos, a partir dos cinquenta anos de idade com incidência crescente quanto maior a idade. É muito maior em indivíduos de cor branca, sendo rara em negros e orientais. O seu quadro clínico é caracterizado por cefaléia de início súbito, em região temporal, às vezes acompanhada por espessamento da artéria temporal e por lesões cutâneas na região da artéria que se torna dolorosa à palpação. Em geral o paciente apresenta sintomas oculares como amaurose fugaz, borramento visual, visão duplicada (diplopia) e dificuldade para mastigação (claudicação de mandíbula) e muitas vezes dificuldade para engolir alimentos (disfagia). Na investigação laboratorial o achado mais típico é a grande elevação das provas de fase aguda com velocidade de hemossedimentação próxima de 100 mm na primeira hora. O diagnóstico deve ser realizado precocemente pois a evolução mais temível é o desenvolvimento de perda definitiva da vi