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Doenças Sexualmente Transmissíveis – Causas, Prevenção e Tratamento.

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são doenças caracterizadas por ter disseminação por meio de secreções, líquidos e contatos relativos a relações sexuais sem proteção. Este grupo de doenças são causadas por bactérias, vírus e outros microrganismos. A grande maioria das doenças é evitada somente com o uso de preservativos e todas tem tratamento.
Algumas DSTs agem diferente no organismo de mulheres e homens, outras não apresentam sintomas.  Todas as pessoas que tem uma vida sexualmente precisam ser responsáveis por cuidar de sua saúde sexual, utilizar preservativos em todas as relações e  realizar exames de sangue anuais.

QUAIS SÃO AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS:

  • Aids (transmitida pelo vírus HIV) – viral
  • Cancro Mole conhecida como Cavalo – bacteriana
  • Clamídia e Gonorreia – bactérias
  • Condiloma Acuminado (HPV) – viral
  • Doença Inflamatória Pélvica (DIP) – bactérias
  • Donovanose – bactéria
  • Herpes e herpes genital – vírus
  • Infecção pelo T-linfotrópico humano (HTLV) – vírus
  • Linfogranuloma venéreo – bactéria
  • Sífilis – bactéria
  • Tricomoníase – protozoário
  • Hepatite B

TRANSMISSÃO

A transmissão sexual acontece por via genital ou por via oral, por isso deve haver proteção para as duas práticas. A transfusão de sangue contaminado pode ser outra forma de infecção, assim como compartilhamento de seringas e agulhas.
Algumas doenças como a sífilis e AIDS podem ser transmitidas a partir da mãe infectada para o filho, quando não há um tratamento médico especial para que o contágio da doença não ocorra, pois muitas vezes a mãe não sabe que é portadora de alguma DST, não tomando os devidos cuidados. A AIDS pode ser transmitida da mãe para o filho até durante a amamentação.

DSTS NO MUNDO

Segundo pesquisa divulgada pela revista Fleury em 2011, as DSTs se espalham com rapidez pelo mundo, por falta de prevenção e cuidados básicos. De acordo com a pesquisa, diariamente em torno de 1 milhão de pessoas são infectadas com algum tipo de DST.
Os casos de gonorreia, clamídia, sífilis ou tricomoníase somam 500 milhões de indivíduos por ano. O vírus do herpes tipo 2 infecta mais de 530 milhões de pessoas e 290 milhões são acometidas pelo HPV, que causa 530 mil ocorrências de câncer do colo do útero por ano. E 275 mil pessoas morrem por ano devido a esse tipo de câncer.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Algumas DSTs não apresentam sintomas e quando são diagnosticadas se encontram em estágios avançados, fazendo o paciente sofrer mais e podendo haver sérias complicações.
Por isso, uma vez que seja praticado sexo sem camisinha, o indivíduo deve procurar um posto de saúde ou hospital para realizar exames. Quanto mais cedo descobrir a doença, mais chances do tratamento ter sucesso em um curto período de tempo.
As DSTs mais comuns podem apresentar sintomas similares – como dor ao urinar, irritação, coceira ou aparecimento de verrugas indolores na região genital (vagina, pênis, ânus, colo do útero) e em outras partes do corpo como boca e garganta.
Esses sintomas podem aparecer meses ou até anos após o contato com o vírus ou bactéria, atingindo com mais facilidade pessoas com imunidade baixa e gestantes.

DIAGNÓSTICO

Não há um teste que funcione para todos os tipos de DSTs, portanto ao ter algum dos sintomas mencionados o paciente deve procurar orientação de um profissional o mais rápido possível, para ser encaminhado para o tipo de exame específico correto.
Muitas pessoas sentem vergonha de falar sobre o assunto e realizar esses testes e exames, no entanto a importância de tratar essas doenças logo no início é crucial para a cura. O médico pode requerer exames de sangue, de urina, amostra de fluido/tecido além do exame físico da região pélvica.
Além dos exames, o paciente deve relatar de modo claro e objetivo para o médico detalhes sobre sua vida sexual, a fim de excluir possibilidades e chegar ao diagnóstico correto o mais rápido possível. Portanto, a conscientização é muito importante e o diálogo é a melhor forma de esclarecer as dúvidas com o seu médico.
Os postos de saúde do Sistema Único de Saúde dão muita importância ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. As primeiras coisas a serem relatadas no momento de informar são os sintomas e necessidade de confirmar o diagnóstico. O tratamento é sigiloso e os remédios podem ser adquiridos gratuitamente nas redes de Farmácia Popular.

TRATAMENTO

Após o diagnóstico, o médico indicará o tratamento específico para o tipo de DST contraída e o paciente deverá seguir a risca algumas recomendações. O tratamento pode ser feito com pomadas, medicamentos orais e injeções. O médico pode recomendar evitar relações sexuais durante o período de tratamento e se houver algum parceiro sexual, o levar para realizar exames.
Algumas doenças como a herpes e o HIV não têm cura e devem ser acompanhadas pelo resto da vida. Principalmente se o paciente infectado for uma mulher que pretende engravidar. As DSTs podem afetar o desenvolvimento do feto, causando aborto ou má formação.

PREVENÇÃO

A forma mais efetiva de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é utilizar corretamente a camisinha em todos os tipos de relações sexuais. Não compartilhar agulhas e seringas, certificar-se de que o material de manicure seja devidamente esterilizado. E por fim, ter todos os cuidados necessários se for preciso realizar uma transfusão de sangue.
Outra forma de prevenção para mulheres a partir dos 25 anos que já iniciaram a vida sexual é realizar o exame Papanicolau anualmente. O exame pode detectar alterações iniciais que podem se tornar câncer.
A vacina contra HPV faz parte do calendário anual de vacinação é outra forma eficaz de prevenção. Como a vacina é preventiva, faz o organismo criar anticorpos contra o HPV; ela não serve como tratamento para quem já está infectado.
No Sistema Único de Saúde, a vacina é destinada a meninas de 9 a 13 anos, e é dividida em 2 doses com intervalo de 6 meses e a mulheres que convivem com HIV com idades entre 9 a 26 anos, recebendo 3 doses.
É crucial salientar a importância da vacinação como medida preventiva, já que muitos responsáveis ficam em dúvida em levar meninas tão jovens para tomar a vacina. Alguns chegam a pensar que esse tipo de prevenção pode levar a um interesse adiantado pelo assunto e pela iniciação da vida sexual de forma.
Sendo assim, deve ficar claro que assim como a vacinação, o acesso dos jovens a informações sobre prevenção de DSTs é uma preocupação genuína que deve envolver o governo, a escola e principalmente os responsáveis. Quanto mais diálogo, menos dúvida o jovem terá e menos risco ele correrá de contrair uma doença, que pode afetá-lo para o resto da vida. Por isso ressaltamos a importância da informação e prevenção.
A vacina não deve ser ministrada em gestantes, indivíduos com alergia aos componentes, com quaisquer doenças graves que possam causar: febre, mal estar ou que reduzam o número de plaquetas, resultando em problemas de coagulação.

VACINAÇÃO

Muitas das doenças sexualmente transmissíveis contém vacinação que a principal forma de prevenção além do uso de preservativos. Confira no calendário abaixo quais apresentam vacinação e a época e quantas doses devem ser tomadas para cada caso:


As vacinas são facilmente encontradas no sistema único de saúde, basta levar a sua carteira de vacinação para conferir se as doses já foram devidamente tomadas ou não. Muitas são dadas ainda na infância.
Em caso de dúvida sobre doenças sexualmente transmissíveis não tenha vergonha ou receio de procurar um médico especialista no assunto para pedir orientação. A prevenção é extremamente importante para o bem estar social, já que as DSTs são transmitidas com muita facilidade e podem gerar sérias complicações.

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