Fusão da Coluna Vertebral
A artrodese (fusão da coluna vertebral) consiste em uma cirurgia que visa conectar permanentemente 2 ou mais vértebras para eliminar a movimentação dolorosa local e/ou substituir o disco intervertebral doente ou degenerado. Há mais de um século, Albee (1) e Hibbs (2) realizaram as primeiras fusões de coluna (artrodese) para o tratamento da tuberculose vertebral (Mal de Pott). Desde então, o procedimento tem sido amplamente utilizado no tratamento da instabilidade,alterações degenerativas, hérnia de disco, degeneração facetaria, espondilolistese, estenose de canal e deformidades, tais como a escoliose idiopática, além de uma variedade de outras enfermidades da coluna tanto cervical, torácica quanto lombar (3).
A técnica apresenta os mesmos artifícios utilizados no processo de consolidação de fraturas ósseas. O cirurgião de coluna pode utilizar osso autólogo (do próprio paciente), heterólogo (de cadáver), enxertos biológicos (como por ex. a proteína recombinante humana rh-BMP2), minerais (hidroxiapatita, fosfato de cálcio, dentre outros) ou sintéticos (cerâmicas) na estimulação do crescimento ósseo. Podem-se utilizar também próteses intervertebrais e/ou parafusos pediculares para manter as vértebras unidas até que o crescimento ósseo seja completo (4).
Avaliação da Fusão (5)
Ao raio-x, a consolidação da fusão é determinada pela opacificação do enxerto ósseo. Esse processo inicia-se normalmente entre 6 e 12 semanas após a cirurgia, podendo levar de 12 até 24 meses para a consolidação total, em média. A perda da capacidade de movimentação funcional do paciente é praticamente nula na grande maioria dos casos de artrodese.
Os raios-x dinâmicos (em flexão e extensão) fornecem informações importantes na avaliação do status da fusão, pois mostram se há ou não ausência de movimentação no nível operado. Caso ainda haja mobilidade, o diagnóstico provável é de uma pseudoartrose (falha da fusão). Nesses casos, existe a possibilidade de cirurgia de revisão para realização de nova artrodese.
A tomografia computadorizada (TC) é o padrão ouro nos diagnósticos de crescimento ósseo e fusão. Alguns indicadores de fusão na TC são a presença de trabeculações ósseas no nível operado, inexistência de sinais de separação no enxerto ou junção vertebral, ausência de afundamento ou soltura dos instrumentos implantados, sendo mais acurada a visualização da fusão quando comparada ao raio-x convencional.
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