Tradicionalmente, a estenose lombar tem sido tratada utilizando-se a descompressão através de laminectomia aberta, com bons resultados cirúrgicos (1). No entanto, a remoção cirúrgica do processo espinhoso, lâmina e banda de tensão posterior (complexo músculo-ligamentar posterior), podendo ou não ser removidas as facetas articulares, gera instabilidade pós-operatória levando a subsequente necessidade de fusão do nível (artrodese) (2).
Técnica cirúrgica
Os avanços tecnológicos permitiram a criação de uma técnica minimamente invasiva como alternativa às técnicas abertas (figura 1). Os estudos recentes mostram resultados clínicos similares no pós-operatório quando comparados o minimamente invasivo ao aberto (3). Diferentemente, através de dilatadores tubulares, é possível alcançar o local afetado com menor rompimento das estruturas anatômicas normais circundantes, incluindo músculos paravertebrais e ligamentos, com mínimo sangramento, menor tempo intra-operatório, menor necessidade de remédios para a dor no pós-operatório, índice inferior de infecções hospitalares, e com volta mais rápida às atividades normais de trabalho e lazer (figura 2) (4–6).
Referências
1. Gibson JNA, Waddell G. Surgery for degenerative lumbar spondylosis: updated Cochrane Review. Spine. 15 de outubro de 2005;30(20):2312–20.
2. Kornblum MB, Fischgrund JS, Herkowitz HN, Abraham DA, Berkower DL, Ditkoff JS. Degenerative lumbar spondylolisthesis with spinal stenosis: a prospective long-term study comparing fusion and pseudarthrosis. Spine. 1 de abril de 2004;29(7):726–733; discussion 733–734.
3. Wong AP, Smith ZA, Lall RR, Bresnahan LE, Fessler RG. The microendoscopic decompression of lumbar stenosis: a review of the current literature and clinical results. Minim Invasive Surg. 2012;2012:325095.
4. Asgarzadie F, Khoo LT. Minimally invasive operative management for lumbar spinal stenosis: overview of early and long-term outcomes. Orthop Clin North Am. julho de 2007;38(3):387–399; abstract vi–vii.
5. Khoo LT, Fessler RG. Microendoscopic decompressive laminotomy for the treatment of lumbar stenosis. Neurosurgery. novembro de 2002;51(5 Suppl):S146–154.
6. O’Toole JE, Eichholz KM, Fessler RG. Surgical site infection rates after minimally invasive spinal surgery. J Neurosurg Spine. outubro de 2009;11(4):471–6.
7. Wong AP, Smith ZA, Stadler JA, Hu XY, Yan JZ, Li XF, et al. Minimally invasive transforaminal lumbar interbody fusion (MI-TLIF): surgical technique, long-term 4-year prospective outcomes, and complications compared with an open TLIF cohort. Neurosurg Clin N Am. abril de 2014;25(2):279–304.
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