Problema que afeta a vida afetiva dos casais, a disfunção erétil nos homens pode ser de ordem psicológica
Um dos problemas que mais afetam os relacionamentos amorosos é a dificuldade de manter uma relação sexual. Falta de libido ou distúrbios como o vaginismo em mulheres são tão difíceis de enfrentar quanto a perda ou ausência de ereção no homem. A chamada disfunção erétil nos homens, embora possa ter origem em doenças como diabetes, nem sempre é de ordem fisiológica e pode ser causada por razões psicológicas.
Os aspectos psicológicos que mais afetam os homens e fazem com que eles não consigam mais ter relação sexual muitas vezes estão ligados ao comportamento. “Dependência de álcool e drogas, conflitos nos relacionamentos, dificuldades econômicas, questões culturais, são alguns exemplos de motivos que podem levar à disfunção erétil”, explica a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira.
Falta de ereção por questões emocionais
Separada do primeiro marido há 10 anos, uma atriz carioca que prefere não se identificar, viveu uma triste história por conta de problemas de ordem sexual. Quando eram namorados, o casal tinha uma vida sexual saudável. Mas, ao casarem, ele foi perdendo a libido, ao ponto de não conseguir mais ter uma ereção.
Ao separarem-se, reencontraram e fizeram sexo novamente. Em terapia, ele descobriu que era difícil administrar o sexo com a 'esposa' – que passou a ser vista como uma mulher a ser respeitada, futura mãe de seus filhos. À luz da psicologia, a disfunção erétil pode surgir, nestes casos, em função do bloqueio do desejo em relação à mulher.
O caso do casal do Rio de Janeiro pode ser enquadrado em um distúrbio denominado Desejo Sexual Hipoativo Masculino. “Ele é menos frequente que na mulher, mas o desejo pode estar diminuído e até mesmo ausente. É mais difícil de ser diagnosticado e até é confundido com disfunção erétil. Na clínica, alguns casos que já atendi tinham como causas emocionais, a depressão, ansiedade, estresse crônico, rotina, cansaço”, conta a sexóloga.
Como tratar a disfunção erétil
Como as causas dos problemas relacionados às respostas sexuais podem ter origens orgânicas ou psicológicas, o primeiro passo deve uma conversa entre o casal. Isso porque um dos maiores problemas nas relações sexuais é a diferença de libido. Nos dois parceiros pode haver uma diferença em relação à intensidade do desejo.
O impulso sexual pode surgir por estímulos distintos e em momentos diferentes. O casal tendo discutido sobre essa questão, é hora de averiguar as possíveis causas da disfunção erétil. Um médico urologista deve ser procurado a fim de serem realizados alguns exames físicos e de sangue, para testar os níveis de hormônio e taxas de glicose.
Uma vez averiguado algum problema fisiológico, podem ser prescritos medicamentos específicos para a disfunção erétil, como os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5), que são mais conhecidos pelos nomes comerciais: Viagra, Cialis e Levitra.
Para detectar se o problema é físico, um dos testes mais comuns é envolver o pênis em repouso à noite com uma fita adesiva de fralda. Ao amanhecer, caso a fita esteja rompida, é sinal que o home teve a chamada polução noturna e os problemas de ordem física devem ser descartados. É hora, então, de partir para o tratamento psicoterapêutico.
“Resolvemos com terapia individual quando não se tem uma parceria fixa ou de casal, quando existe esse casal. Conseguiremos após uma boa avaliação entender o perfil de personalidade dessa pessoa que está em sofrimento e encontrar as estratégias para melhor tratamento da disfunção erétil”, recomenda a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira.
Comentários
Postar um comentário