Estudos tentam concluir se é possível a mulher desfrutar dois tipos diferentes de orgasmo
A sexualidade feminina é tema de constantes estudos e muito tem se falado a respeito de duas diferentes formas de levar as mulheres ao orgasmo. A primeira delas seria através da penetração do pênis na vagina, chamado de orgasmo vaginal. A outra, e mais cultuada, seria o orgasmo clitoriano, atingido através da estimulação do clitóris.
Especialistas defendem que, do ponto de vista anatômico, o orgasmo é definido como contrações rítmicas e involuntárias da musculatura vaginal, a intervalos regulares que variam em média de 3 a 10 segundos. Porém a diferença entre orgasmo vaginal e clitoriano pode ficar um pouco confusa.
Polêmica entre orgasmo clitoriano e vaginal
“A polêmica entre estes supostos dois tipos de orgasmo advém desde a época de Freud. Ele afirmava que a mulher que não sentisse orgasmo vaginal era considerada histérica e imatura”, explica a sexóloga Rosenilda Moura Silva. Segundo a especialista – e diversas pesquisas - há apenas um tipo de orgasmo e ele é desencadeado pelo clítoris e não pela vagina.
Já para a ginecologista Cristina Carneiro, os dois orgasmos existem. O clitoriano seria o mais fácil de ser atingido. “O clitóris por ser um órgão externo, é mais fácil de ser estimulado tanto por fricção como por vibração e o gatilho para o prazer é disparado facilmente”, diz a Dra. Cristina.
Para a médica, também há o orgasmo vaginal, que seria atingido após, em média, oito a 20 minutos de penetração, com movimentos ativos e quando as mulheres são bem estimuladas nas preliminares.
O orgasmo vaginal realmente existe?
Um dos maiores estudos mundiais sobre sexualidade, o Relatório Hite de Sexualidade Feminina, mostra uma pesquisa, desenvolvida nos anos 70, que ampliou o debate sobre a questão do orgasmo vaginal versus orgasmo clitoriano. O resultado mostra que 30% da população feminina acreditava no orgasmo por meio vaginal.
“Este resultado é questionável, uma vez que tais mulheres poderiam estar sob a influência do pensamento freudiano ou por um mero fato anatômico. A proximidade do clitóris com o introito (entrada) vaginal pode fazer a mulher ter a percepção de que é a vagina quem desencadeia o orgasmo”, afirma a sexóloga Rosenilda Moura Silva.
Segundo a especialista, quando o orgasmo é desencadeado, suas contrações envolvem praticamente toda a genitália feminina. O clitóris, a vagina, o útero, os pequenos lábios e os grandes lábios costumam entrar 'na festa' e as sensações podem se misturar, impedindo uma avaliação precisa que permita classificar um orgasmo como vaginal ou clitoriano.
“Essas contrações, que são percebidas também na vagina, podem ser interpretadas como se ela fosse a responsável por desencadear o orgasmo”, justifica Rosenilda.
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