No início, ainda não há diminuição do fluxo do sangue para as extremidades e os sinais clínicos mais freqüentes desta fase da doença são fadiga, febre e mal estar e os exames laboratoriais evidenciam apenas inflamação, que em geral fica sem esclarecimento. Conforme evolui, nos meses ou anos subseqüentes, vai havendo diminuição progressiva do calibre destas grandes artérias. Como a doença evolui de forma lenta, vai havendo formação de circulação colateral e a maioria dos pacientes não apresentam sinais de isquemia aguda como palidez, cianose ou gangrenas, levando a amputação. Um dos sintomas importantes que sugerem o seu diagnóstico é a dor muscular aos esforços dos membros (claudicação intermitente). Nesta fase, já pode ser constatada diminuição dos pulsos e da pressão arterial no membro irrigado pela artéria estreitada. No caso de envolvimento das artérias renais, aparece hipertensão arterial grave, de difícil controle com medicamentos, sendo necessária cirurgia para revascularizar o rim afetado. No caso de diminuição do fluxo para o cérebro, começam a ocorrer perdas súbitas e transitórias da visão ou desmaios, que muitas vezes indicam necessidade de cirurgia para restabelecer a eficiência da circulação de sangue. No caso de estreitamento das artérias mesentéricas, o paciente apresenta dores abdominais intensas após a alimentação e emagrecimento progressivo 6,7.
Para se firmar o diagnóstico em um caso suspeito, em geral é necessária a realização de uma arteriografia, que permite visualizar a circulação nas diversas artérias e também determinar a gravidade da doença. Uma vez estabelecido o diagnóstico, o tratamento vai depender de exames laboratoriais frequentes para verificar a atividade da doença e geralmente serão administrados medicamentos antiinflamatórios hormonais (corticosteróides). Nos casos em que estes em doses altas não forem eficientes (corticoresistentes), ou em que a doença volte a reativar sempre que se diminua a sua dose (corticodependentes), é necessária a administração de medicamentos imunossupressores. O acompanhamento médico deverá ser freqüente e por tempo indeterminado, pois pode haver necessidade de cirurgia mesmo nos casos que estejam com a doença inativa durante anos 6,7.
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