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Discopatia Degenerativa Discal DOR DISCOGÊNICA O QUE É? tem haver com artrite?

Não ha evidencias que indiquem tal situação veja abaixo.



Estudos científicos comprovam que as dores nas costas são resultado de modificações multifatoriais, incluindo músculos espinhais, ligamentos, raízes nervosas e o disco intervertebral. Os discos estão localizados entre duas vértebras adjacentes, e têm como propósito principal sustentar, distribuir e transmitir as cargas que passam através das vértebras, permitindo a elas certa mobilidade, em conjunto com as facetas articulares.

Visão lateral da coluna lombar em corte. A seta indica disco intervertebral intacto. A forma ovalada central é o núcleo pulposo, enquanto que a parte mais periférica é composta pelo anel fibroso.
O disco intervertebral é composto de um núcleo pulposo mais líquido, enquanto que o anel fibroso é mais rígido e resistente à compressão. Eles funcionam como verdadeiros amortecedores e apresentam grande influência nas transferências de carga e na postura do paciente. O disco sofre diversas alterações ao longo da vida, e a sua degeneração leva à perda da função normal de mobilidade, pois perde hidratação e torna-se mais rígido e quebradiço. Essa alteração morfológica impede o disco de resistir às tensões e às cargas, gerando instabilidade na coluna. A dor de origem discal é chamada Dor Discogênica. As facetas articulares e principalmente a musculatura paravertebral usualmente estão sobrecarregadas e também podem ser fonte de dor, como por exemplo, através da fadiga muscular.

Principais músculos estabilizadores da coluna lombar
A observação de degeneração discal em menores graus é comum em pacientes assintomáticos, aparecendo em 34% das ressonâncias magnéticas de pacientes entre 20 e 39 anos, e em 93% dos adultos entre 60 e 80 anos sem necessariamente ocorrer dor ou desconforto. Frequentemente a degeneração discal pode vir acompanhada de outras patologias do disco vertebral, apresentando dor não apenas nas costas, mas também irradiada para os membros, secundário a hérnias de disco, estenoses de canal e/ou foraminal e até mesmo deformidades, tais como escolioses e espondilolisteses.

 Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da DDD se dá através do reconhecimento dos sintomas clínicos, como dor mecânica lombar com ou sem irradiação para os membros, além de exames de imagem para confirmação do diagnóstico e do grau em que se encontra a patologia. Na sequência T2 da Ressonância Magnética, o disco intervertebral doente aparece mais escuro, sendo conhecida também como doença do disco preto. Os tratamentos para a degeneração discal variam de acordo com o grau em que se encontra a patologia. Inicialmente, o tratamento será conservador, utilizando-se medicação e fisioterapia para analgesia. Após a fase aguda, sugere-se reforço muscular, com o objetivo de se prevenir o avanço da doença. Nos casos mais graves, cirurgias de substituição do disco poderão ser indicadas, pois o disco doente perde altura, capacidade de absorção de carga, e sua movimentação torna-se anômala.

Exame de Ressonância Magnética em T2. Seta mostrando discopatia degenerativa discal (DDD) em coluna lombar. Note que o disco em questão aparece mais escuro em comparação aos discos saudáveis.
A técnica mais utilizada na substituição do disco é a fusão, também conhecida como artrodese, que também pode ser realizada de maneira minimamente invasiva. Nela, o cirurgião substitui o disco doente por uma prótese que irá favorecer o crescimento ósseo entre as vértebras adjacentes, fazendo com que elas se tornem uma só, ou seja, no local em que havia um disco gerando dor e instabilidade passará a existir osso e a movimentação será restrita nesse local. Essa fusão não acarreta modificação no arco de movimento total em flexão e extensão do paciente e, portanto, não há restrição de movimento nesses casos. Mas lembre-se, para alcançar o melhor tratamento o paciente deve sempre procurar um médico especialista, que fará o diagnóstico e irá propor um tratamento específico para cada caso.

Referências

1. Haefeli M, Kalberer F, Saegesser D, Nerlich AG, Boos N, Paesold G. The course of macroscopic degeneration in the human lumbar intervertebral disc. Spine. 2006 Jun 15;31(14):1522–31.
2. Leone A, Cassar-Pullicino VN, Guglielmi G, Bonomo L. Degenerative lumbar intervertebral instability: what is it and how does imaging contribute? Skeletal Radiol. 2009 Jun;38(6):529–33.
3. Peng B, Wu W, Hou S, Li P, Zhang C, Yang Y. The pathogenesis of discogenic low back pain. J Bone Joint Surg Br. 2005 Jan;87(1):62–7.

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