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Deformidades causadas pela artrite reumatoide


 A artrite reumatóide é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem(1)(D). Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade.
Em geral acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos(2)(D).
Com a progressão da doença, os pacientes desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, com impacto econômico significativo para o paciente e para a sociedade(2)(D).

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico depende da associação de uma série de sintomas e sinais clínicos, achados laboratoriais e radiográficos.

CRITÉRIOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS
A orientação para diagnóstico é baseada nos critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia(3)(B):
  • Rigidez matinal: rigidez articular durando pelo menos 1 hora;
  • Artrite de três ou mais áreas: pelo menos três áreas articulares com edema de partes moles ou derrame articular, observado pelo médico;
  • Artrite de articulações das mãos (punho, interfalan-geanas proximais e metacarpofalangeanas);
  • Artrite simétrica;
  • Nódulos reumatóides;
  • Fator reumatóide sérico;
  • Alterações radiográficas: erosões ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos.
Os critérios de 1 a 4 devem estar presentes por pelo menos seis semanas.
Orientação para classificação: Quatro dos sete critérios são necessários para classificar um paciente como tendo artrite reumatóide(3)(B).
Obs: Pacientes com dois ou três critérios não são excluídos da possibilidade do futuro desenvolvimento da doença, não sendo considerados, contudo, para inclusão neste protocolo.


AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA DOENÇA
Recomenda-se que o médico avalie a atividade da doença periodicamente. Os parâmetros principais são: contagem do número de articulações dolorosas e do número de articulações edemaciadas, provas de atividade inflamatória (VHS, proteína-C-reativa), avaliação da intensidade da dor, avaliação da mobilidade articular e da capacidade funcional. O exame radiográfico deve ser repetido, a critério clínico, para avaliar a progressão ou não da doença(2)(D).


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