O International Restless Legs Syndrome Study Group (IRLSSG) em 2002 formulou os achados clínicos para os critérios diagnósticos para síndrome das pernas inquietas. Os pacientes geralmente apresentam uma dificuldade para descrever o que sentem, mas é uma sensação desagradável e não necessariamente dor. As descrições comuns incluem "câimbras, arrepios, formigamento, puxões, dores, coceiras ou queimação nas pernas". Os pacientes geralmente descrevem esta sensação entre os tornozelos e os joelhos, bem como pode afetar a perna toda e até os membros superiores. Geralmente as queixas diminuem com alongamentos ou caminhadas.
Os critérios diagnósticos são:
Os pacientes vão classificar os seus sintomas em uma escala de 0-4, no qual 0 = sem sintomas e 4 = sintomas severos.
International Restless Legs Syndrome Study Group (IRLSSG): Critérios Diagnósticos:
Movimento periódico dos membros (MPM):
MPM é uma condição caracterizada por movimentos dos membros durante a noite que resulta em uma queixa de insônia ou sonolência durante o dia. Acima de 80% dos pacientes com SPI também apresentam MPM, e há uma controvérsia se os MPM são uma síndrome distinta das SPI.O MPM afetando as extremidades inferiores é descrito como uma extensão do dedão do pé, acompanhada por dorsiflexão do tornozelo e ocasionalmente flexão do joelho e quadril. Este movimento é geralmente bilateral, mas pode ocorrer em apenas uma perna. Pode aparecer também nos membros superiores geralmente se manifestando com a flexão do cotovelo. Estes sintomas geralmente aparecem na primeira metade do sono.
Todavia, o diagnóstico da SPI é feito através das características clínicas e o diagnóstico dos MPM é feito através da polissonografia usando eletromiografia (EMG) dos músculos das pernas (tibial anterior). Os movimentos são diagnosticados se eles duram de 0.5-5 segundos e ocorrem em uma série de quatro ou mais em intervalos de 5-90 segundos. A amplitude, na EMG, dos movimentos noturnos dos membros pode atingir 25% a mais que a amplitude basal.
A severidade dos MPM é determinada pelo index de movimentos dos membros durante o sono por hora. O índice de movimentos por hora de sono é definido como:
Esta síndrome é pouco diagnosticada em pessoas abaixo dos 30 anos, mas é encontrada em 44% das pessoas acima dos 65 anos.
Epidemiologia:
SPI é uma desordem comum com uma prevalência aproximada de 1-10% em diferentes populações. Em um estudo populacional realizado em 2099 centros de saúde primários encontrou que 24% dos pacientes apresentavam sintomas de SPI e 15,3% notavam estes sintomas pelo menos por uma semana. Estes sintomas são mais comuns em mulheres que homens e a prevalência aumenta com a idade.
A idade média para o início é 27.2 anos; em 38.3% dos pacientes, o início é antes dos 20 anos. A maioria dos pacientes com SPI demonstram no polissonograma MPM, e aproximadamente 1/3 dos pacientes com MPM terão SPI.
Características hereditárias:
92% dos pacientes com SPI idiopática tem história familiar e somente 13% com a forma secundária tem história familiar.
Diagnóstico diferencial da SPI:
A dosagem de ferro, ferritina, ácido fólico, cobalamina, uréia e creatinina devem ser feitas em todos pacientes com SPI. Na deficiência de ferro, o mesmo deve ser reposto.
Exames adicionais como eletroforese de proteínas, FAN. FR, provas da tireóide e eletroneuromiografia devem ser solicitados na suspeita clínica de uma doença associada.
Modificações no estilo de vida:
Higiene do sono: obter horas adequadas de sono, estipular horário para dormir e acordar e ingerir uma dieta adequada.
Evitar fatores exacerbadores:
O uso de agentes farmacológicos é sintomático e não curativo para a SPI. Existem vários disponíveis no mercado.
Conclusões:
A SPI é uma desordem comum que pode estar associada à insônia e sonolência diurna. Sua prevalência é alta e facilmente diagnosticada, mas normalmente não reconhecida. A SPI deve ser suspeitada em qualquer indivíduo com desconforto nas pernas à tarde ou à noite na cama. Geralmente é idiopática, mas causas secundárias como a deficiência de ferro deve ser investigada. Os agonistas dopaminérgicos são geralmente a primeira escolha para o tratamento, e as terapias secundárias incluem os anti convulsivantes e opiáceos.
Os critérios diagnósticos são:
Os pacientes vão classificar os seus sintomas em uma escala de 0-4, no qual 0 = sem sintomas e 4 = sintomas severos.
International Restless Legs Syndrome Study Group (IRLSSG): Critérios Diagnósticos:
- Uma urgência em mover as pernas, geralmente acompanhada ou causada por uma sensação desagradável nas pernas. Algumas vezes esta urgência não é acompanhada por sensação desagradável. Algumas vezes os braços e outras partes do corpo estão envolvidas.
- A urgência de mover ou a sensação desagradável geralmente começa ou piora após períodos de repouso ou inatividade, como deitar ou sentar.
- A urgência de mover ou a sensação desagradável são parcialmente ou totalmente aliviadas com movimentos, como caminhadas ou alongamentos, que duram enquanto a atividade permanece.
- A urgência de mover ou a sensação desagradável é pior no entardecer ou à noite do que durante o dia ou somente ocorre à noite.
- Geralmente, como você pode estimar o seu SPI em suas pernas ou braços?
- Geralmente, como você pode estimar a necessidade em mover-se devido os sintomas da SPI?
- Geralmente, quanto você melhora o desconforto de suas pernas ou braços quando se move?
- Geralmente, quão severo é o seu distúrbio do sono devido seus sintomas de SPI?
- Quão severa é a sua fadiga ou sonolência devido os sintomas das SPI?
- Geralmente, quão severa é a sua SPI?
- Quão freqüente (dias/semanas) você tem sintomas de SPI?
- Quando você tem sintomas de SPI, quão severo (número de horas) ocorrem no total do dia?
- Geralmente, quão severo é o impacto dos sintomas da SPI na sua capacidade em executar suas atividades diárias?
- Quão severo é o seu distúrbio do humor em função dos sintomas da sua SPI?
Movimento periódico dos membros (MPM):
MPM é uma condição caracterizada por movimentos dos membros durante a noite que resulta em uma queixa de insônia ou sonolência durante o dia. Acima de 80% dos pacientes com SPI também apresentam MPM, e há uma controvérsia se os MPM são uma síndrome distinta das SPI.O MPM afetando as extremidades inferiores é descrito como uma extensão do dedão do pé, acompanhada por dorsiflexão do tornozelo e ocasionalmente flexão do joelho e quadril. Este movimento é geralmente bilateral, mas pode ocorrer em apenas uma perna. Pode aparecer também nos membros superiores geralmente se manifestando com a flexão do cotovelo. Estes sintomas geralmente aparecem na primeira metade do sono.
Todavia, o diagnóstico da SPI é feito através das características clínicas e o diagnóstico dos MPM é feito através da polissonografia usando eletromiografia (EMG) dos músculos das pernas (tibial anterior). Os movimentos são diagnosticados se eles duram de 0.5-5 segundos e ocorrem em uma série de quatro ou mais em intervalos de 5-90 segundos. A amplitude, na EMG, dos movimentos noturnos dos membros pode atingir 25% a mais que a amplitude basal.
A severidade dos MPM é determinada pelo index de movimentos dos membros durante o sono por hora. O índice de movimentos por hora de sono é definido como:
- Leve: 5-25 movimentos/hora;
- Moderado: 25-50 movimentos/hora;
- Severo: acima de 50 movimentos/hora ou acima de 25 movimentos/hora associados à excitação/hora de sono.
Esta síndrome é pouco diagnosticada em pessoas abaixo dos 30 anos, mas é encontrada em 44% das pessoas acima dos 65 anos.
Epidemiologia:
SPI é uma desordem comum com uma prevalência aproximada de 1-10% em diferentes populações. Em um estudo populacional realizado em 2099 centros de saúde primários encontrou que 24% dos pacientes apresentavam sintomas de SPI e 15,3% notavam estes sintomas pelo menos por uma semana. Estes sintomas são mais comuns em mulheres que homens e a prevalência aumenta com a idade.
A idade média para o início é 27.2 anos; em 38.3% dos pacientes, o início é antes dos 20 anos. A maioria dos pacientes com SPI demonstram no polissonograma MPM, e aproximadamente 1/3 dos pacientes com MPM terão SPI.
Características hereditárias:
92% dos pacientes com SPI idiopática tem história familiar e somente 13% com a forma secundária tem história familiar.
Diagnóstico diferencial da SPI:
- Desordens psiquiátricas: ansiedade;
- Síndrome da resistência das vias aéreas;
- Epilepsia noturna;
- Câimbras noturnas da gravidez;
- Desordens de movimentos oculares rápidos do sono (REM).
A dosagem de ferro, ferritina, ácido fólico, cobalamina, uréia e creatinina devem ser feitas em todos pacientes com SPI. Na deficiência de ferro, o mesmo deve ser reposto.
Exames adicionais como eletroforese de proteínas, FAN. FR, provas da tireóide e eletroneuromiografia devem ser solicitados na suspeita clínica de uma doença associada.
Modificações no estilo de vida:
Higiene do sono: obter horas adequadas de sono, estipular horário para dormir e acordar e ingerir uma dieta adequada.
Evitar fatores exacerbadores:
- Álcool: agrava sintomas de SPI e MPM;
- Cafeína: aumenta a excitação do sistema nervoso central;
- Antidepressivos: fluoxetina, paroxetina, sertralina, mirtazapina, e mianserina podem piorar os sintomas de SPI e MPM;
- Outros medicamentos como: neurolepticos (olanzapina e risperidona), beta-bloqueadores, fenitoina e lítio podem piorar os sintomas da SPI;
- Estresse, mudanças de turno no trabalho, atividades físicas extenuantes perto da hora de dormir podem exacerbar a SPI e MPM;
- Tabagismo: há estudos conflitantes a respeito do tabaco nas SPI e MPM.
O uso de agentes farmacológicos é sintomático e não curativo para a SPI. Existem vários disponíveis no mercado.
Conclusões:
A SPI é uma desordem comum que pode estar associada à insônia e sonolência diurna. Sua prevalência é alta e facilmente diagnosticada, mas normalmente não reconhecida. A SPI deve ser suspeitada em qualquer indivíduo com desconforto nas pernas à tarde ou à noite na cama. Geralmente é idiopática, mas causas secundárias como a deficiência de ferro deve ser investigada. Os agonistas dopaminérgicos são geralmente a primeira escolha para o tratamento, e as terapias secundárias incluem os anti convulsivantes e opiáceos.
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