Consiste num aumento da glândula e é conhecido pelo nome de hipertrofia benigna da próstata, muitas vezes referida pela sigla HBP. Com o aumento da esperança de vida, tem aumentado o número de doentes prostáticos. Em Portugal, realizam-se anualmente cerca de 10.000 operações por HBP.
À medida que o homem envelhece, a próstata sofre dois principais períodos de crescimento. O primeiro ocorre na puberdade, quando a próstata duplica o seu tamanho. A partir dos 30 anos de idade a próstata recomeça a crescer. É este segundo crescimento que, anos mais tarde, pode resultar na HBP.
Embora a próstata cresça durante toda a vida do homem, esse aumento não costuma causar problemas, a não ser tardiamente. A HBP raramente causa sintomas antes dos 40 anos, mas cerca de metade dos homens com 60 anos e 90% dos homens com 80 anos têm sintomas devidos a HBP.
Sintomas
Os sintomas de HBP devem-se não só a obstrução da uretra, como também a gradual perda da função da bexiga, que resulta no seu esvaziamento incompleto. Em algumas situações extremas, o homem pode mesmo entrar em retenção urinária completa, não conseguindo urinar.
Os sintomas de HBP devem-se não só a obstrução da uretra, como também a gradual perda da função da bexiga, que resulta no seu esvaziamento incompleto. Em algumas situações extremas, o homem pode mesmo entrar em retenção urinária completa, não conseguindo urinar.
Os sintomas de HBP variam, mas os mais comuns são:
- Micções mais frequentes, especialmente durante a noite;
- Jacto urinário fraco, hesitante ou interrompido e sensação de urgência miccional, por vezes com pequenas perdas involuntárias de urina.
- Jacto urinário fraco, hesitante ou interrompido e sensação de urgência miccional, por vezes com pequenas perdas involuntárias de urina.
Uma HBP pode causar problemas maiores com o decorrer do tempo. A retenção urinária parcial, com resíduo miccional progressivamente crescente, pode levar a infecções urinárias, incontinência, pedras na bexiga e lesões no rim.
Se a bexiga ficar definitivamente lesada o tratamento da HBP pode ser ineficaz, mesmo com a cirurgia. Quando a HBP é tratada em estádios precoces há não só maior probabilidade de sucesso como também menor risco de se desenvolverem complicações.
Diagnóstico
Quando há suspeita de HBP deve-se recorrer a um urologista, médico especializado em doenças do aparelho urinário e do aparelho genital masculino, que pedirá alguns exames, que ajudam a identificar o problema e a decidir qual o tratamento necessário. Os exames variam de doente para doente, mas os mais comuns são os seguintes:
Quando há suspeita de HBP deve-se recorrer a um urologista, médico especializado em doenças do aparelho urinário e do aparelho genital masculino, que pedirá alguns exames, que ajudam a identificar o problema e a decidir qual o tratamento necessário. Os exames variam de doente para doente, mas os mais comuns são os seguintes:
Toque rectal - é geralmente o primeiro exame a ser realizado. O urologista insere um dedo enluvado através do reto e sente a próstata para ter uma ideia sobre o tamanho e a consistência da glândula. É um método com elevada acuidade para diferenciar um crescimento prostático benigno de um crescimento maligno.
Ecografias - provavelmente o urologista vai pedir uma ecografia da próstata. Poderá mesmo pedir ecografias dos rins e da bexiga, para saber se a HBP está a ter alguma repercussão sobre o aparelho urinário ou para saber se existe eventual patologia associada. A ecografia prostática deverá ser feita com uma sonda transretal. Com este método, em que uma sonda é introduzida através do reto, conseguem-se imagens do interior da próstata, ou seja, da porção da próstata que não é estudada pelo toque rectal.
Fluxometria urinária - outro exame que provavelmente é pedido é a análise do fluxo miccional. Com a bexiga bem cheia, o homem urina para um aparelho, que registará e medirá as características do jacto urinário. Um fluxo reduzido sugere obstrução urinária.
Medição do resíduo urinário pós-miccional - resíduo urinário pós-miccional é a quantidade de urina que fica na bexiga imediatamente depois de uma micção. A avaliação do resíduo é geralmente feita por ecografia, muitas vezes realizada simultaneamente com a fluxometria urinária. A presença pós-miccional de mais de 50 cc de urina é anormal. A medição do resíduo é um exame extremamente importante, pois a existência de um resíduo elevado significa que existe enfraquecimento da força de contracção da bexiga.
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