A Organização Mundial de Saúde define infertilidade como a “ausência de gravidez após dois anos de relações sexuais regulares e sem uso de contracepção”. Existe, no entanto, consenso em considerar que após um ano, deve ser iniciado um processo de avaliação de eventuais factores envolvidos. A probabilidade da ocorrência de uma gravidez em cada ciclo menstrual é de cerca de 20 a 25%. Após um ano, aproximadamente 80% dos casais terão obtido uma gravidez. Esta proporção sobe para 90% ao fim de dois anos.
A infertilidade considera-se primária quando não houve uma gravidez prévia e secundária nas demais situações, mesmo que a gravidez tenha resultado em aborto ou ectópica.
As causas de infertilidade são múltiplas e podem, ou não, estar associadas a anomalias do sistema reprodutor masculino ou feminino. A investigação deve desenvolver-se de forma faseada e abranger simultaneamente os dois elementos do casal, uma vez que em cerca de 30% dos casos, ambos contribuem para o problema. As percentagens relativas dos fatores de infertilidade presentes não são universais, mas globalmente, é possível identificar um fator masculino em 30%-40% dos casos. Na mulher a patologia ginecológica está presente em 30 a 40% das situações (endometriose 5%, doença tubária 15%, entre outras) e a disovulação (ausência de ovulação) em 14 a 15%, podendo, segundo outros autores, ultrapassar os 20%. Em aproximadamente 10% dos casais não é possível estabelecer uma causa.
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