Uma recente pesquisa global mostra que praticamente um quarto da população é afectada por dor e cólicas abdominais. A pesquisa mostrou que 22% dos homens e 31% das mulheres sofre de cólicas, dor ou desconforto abdominal.
Regra geral, os problemas aparecem por volta dos vinte e início dos trinta anos. Dois terços das pessoas que são afectadas por este estado habitual afirmam que este acontece sem aviso e um terço refere que sofre de dor agonizante todas as semanas. Os sintomas podem acontecer em qualquer altura e são uma das causas mais comuns de absentismo profissional. A dor pode ocorrer em qualquer parte do abdómen e pode variar de ligeiro e desconfortável até muito grave.
O exame clínico ajuda na busca da causa da dor e na determinação da gravidade do quadro. Exames complementares serão solicitados conforme a suspeita do médico. São habitualmente solicitadas análises ao sangue, na tentativa de verificar a presença de uma infecção, de alterações no fígado, no pâncreas ou nas vias biliares. Análises à urina são úteis quando há suspeita de dor relacionada com infecção ou cálculos nas vias urinárias mas a ecografia é, habitualmente, a primeira opção uma vez que permite uma boa visão dos órgãos da barriga.
Assim como o diagnóstico, o tratamento é amplo e variável, dependendo da causa da dor, da sua intensidade e duração.
De salientar que as cólicas dolorosas, localizadas no meio da barriga, associadas a diarréia, com ou sem vómitos são, muitas vezes, causadas por gastroenterites, sejam estas alimentares (intoxicações) ou infecciosas. Por outro lado, episódios de dor abdominal, não bem localizada, intensa, num período seguinte e próximo às refeições, particularmente em idosos ou pessoas com doença circulatória, podem ser causados por deficiente irrigação sanguínea (isquémia) intestinal, necessitando de avaliação médica.
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